terça-feira, 5 de abril de 2011

prece


Eu hoje estive rezando e, em prece, pedi aos seres de além que me livrem da saudade imensa das coisas que foram e não voltam. Pedi mais ânimo e coragem pra, deixando ir o que foi mesmo e é sem volta, eu tenha forças pra realizar recomeços. Que eu tenha a incrível capacidade de fazer por mim o que minha alma deseja. Que eu saiba deixar cair camadas velhas e me faça nova. Que vez ou outra eu acorde infeliz por constatar que minha vida é banal e tediosa e numa outra eu redescubra a incrivel capacidade de me inventar feliz e com algum novo sonho.
Que a preguiça não me tome e roube e me impeça de ler aquele livro começado e largado e inventar sempre alguma novidade pra dar ânimo e tesão pra vida deixar de ser besta e monótona.
Que eu seja ainda um pouco louca e irresponsável, na melhor medida, pra dar cor e sabor pra tudo que ficou tão insosso desde que recobrei o juízo, e aos trancos e por obrigação, finquei meus pés no chão e abri os olhos pra realidade, e percebi ainda em tempo, que a vida é assunto sério e ser feliz dá mesmo é um trabalhão.

quarta-feira, 30 de março de 2011

pra começar

Pra que começar um blog?
Uma faísca acesa num quartinho solitário e escuro, a minha cabecinha que pensa incessantemente e procura dar vazão com criatividade, a muito tempo livre e a dúvidas e dilemas e caraminholas.
Esse pequeno textinho é só pra começar.
O blog é  pra cuca ficar boa e fresca e arejada e ensolarada.
O blog é essa janela se abrindo pra entrar luz em mim e eu compartilhar me expondo, às vezes até ao ridículo, já que tenho uma história mal resolvida com arte, mais precisamente com a arte do palhaço, me permito, lembrando e usando os ensinos dos mestres.
Histórias mal resolvidas, probleminhas psicológicos, coisas começadas e mal acabadas, não me faltam.
Então, quase sem medo, com essa coisa parida e mal criada, escrevo.
Fazer o que com esse monstro que se apodera das minhas idéias?
Dar força pra vontade de dizer e dizer escrevendo, agora mais lúcida e sem vergonha, no melhor sentido da expressão.
Sem pedir perdão ou permissão está aberto o meu livrinho, que é feito de letras e pede liberdade, pra eu dançar com as palavras como der na telha.